Espadachim de carvão???
Sinopse: Kurgala é um mundo abandonado por Quatro Deuses. Adapak é filho de um deles. E hoje ele está sendo caçado. Perseguido por um misterioso grupo de assassinos, o jovem de pele cor de carvão se vê obrigado a deixar a ilha sagrada onde cresceu e a desbravar um mundo hostil e repleto de criaturas exóticas. Munido de uma sabedoria ímpar, mas dotado de uma inocência rara, ele agora precisará colocar em prática todo o conhecimento que adquiriu em seu isolamento para descobrir quem são seus inimigos. Mesmo que isso possa comprometer alguns dos segredos mais antigos de Kurgala.
Ficção, Romance, Aventura & Fantasia / 254 Páginas / Editora Leya / Autor Affonso Solano/ Publicado em 2013 / Classificação 5/5 / Compre & Compare Fnac / Livraria da Folha
Antes de mais nada, gostaria de mandar um forte abraço para o criador desta obra encantadora. Sr. Solano, cê ganhou mais um fã – tanto da sua obra, quanto do seu bigode – foi um imenso prazer encontrá-lo na Bienal e poder trocar algumas palavras sobre Adapak e Kurgala, mesmo eu, até aquele momento, só tendo lido o primeiro capítulo do livro.
Bom, o que pode ser dito sobre o Espadachim de Carvão sem utilizar as palavras épico e envolvente?
Não sei, mas tentarei.
O livro narra a dura vida de Adapak, um “semi-deus” filho de um dos quatro antigos deuses governantes de Kurgala, nós o acompanhamos fugindo de um grupo de índole duvidosa e descobrindo um mundo que até algumas luas atrás, ele só conhecia pelos livros que gostava.
Um dos intrigantes pontos da história é justamente a fisionomia do Sr. Adapak, de um negro mais escuro que o carvão, sem ouvidos ou nariz, e com os olhos completamente brancos, ele causa estranheza por onde passa e sendo até confundido com outros tipos de seres que habitam seu mundo, embora tenha uma explicação “lógica” para o motivo dele não possuir tais características humanas.
Por não ter vivido muito com os outros habitantes de seu mundo, ele acaba por ter uma inocência realmente genuína e se maravilhando com tudo por onde passa, afinal descrições de livros podem ser boas, mas ver com seus próprios olhos é ainda melhor, mas a inocência dele é compensada por sua forma de combate, os círculos. Não entrarei em detalhes sobre eles, pois não quero estragar a experiência de vocês.
A evolução de Adapak durante suas aventuras e como ele aprende que nem todos são ruins, mas também nem todos são bons, é simples e ao mesmo tempo fascinante. Algo que ele utiliza em alguns diálogos que nos ajuda a entender melhor este lado esperançoso dele, são referências a uma série de livros chamado “Tamtul e Magano…” cujo os personagens são dois aventureiros que buscam tesouros perdidos por todo o mundo – inclusive seria interessante um livro apenas dos dois, afinal são ótimas frases saídas de seus livros – mas isto é uma história para outro dia meus amigos…
*Spoilers!!!
Partindo para Kurgala, detentora de uma fauna e uma flora super bem desenvolvida e com algumas espécies bem criativas, durante o livro você se pergunta o por que de tal raça ser assim, mas ai se surpreende um pouco, depois de descobrir o motivo – acho que seria interessante uma enciclopédia sobre os seres de Kurgala – isto também ocorre com algumas partes de sua topografia, pilares incrivelmente elevados de coloração esverdeada com espigões apontando para todas as direções.
Outro ponto a ser ressaltado, são os quatro antigos, os deuses que abandonaram o mundo a própria sorte, deixando suas criações decidirem o próprio futuro e o de todo o planeta, confesso que achei as descrições dos deuses bem inusitada, mas que dentro do universo faz todo o sentido.
Então meus caros, se buscam um bom livro de aventura e fantasia para somar a sua estante, você precisa urgente adquirir esta obra, na verdade este livro é uma bela porta de entrada para o mundo da Fantasia Nacional que vem crescendo ultimamente – espero que cresça mais e mais até eu ver uma obra sendo adaptada para o cinema ou jogo – logo menos trago a continuação desta história.
Que os quatro que são um, abençoem vocês!
Mais infos : Leya
Kinder
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